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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Desocultados pela Luz



Adolescente, morava em Cianorte, no interior do Paraná.
Nossa casa na rua Mato Grosso era de madeira, como parte das residências dos anos 70 na região norte-novíssimo daquele estado.
Meu quarto ficava de frente para a rua e para o sol. Pela manhã, eu podia ver um facho de luz entrando por uma fresta. E no facho de luz, eu podia ver os minúsculos flocos de poeira se tocando como se se enfrentassem.
O quarto me parecia limpo, que minha mãe, Loydes, era muito cuidadosa. O sol, no entanto, revelava as impurezas que as trevas da noite escondiam. Diante de uma luz forte, não existe pureza.
Este é o drama dos seres humanos diante de Deus.
Ele nos pede que sejamos santos.
Se ficamos longe dele, nós nos aprovamos, porque não vemos o quão impuros somos.
Se nos aproximamos dele, vemos a nossa impureza. Por isto, Isaías tremeu: "Ai de mim!".
A crueza da realidade nos leva a uma encruzilhada, em que se bifurcam duas possibilidades.
A primeira é nos mantermos nicodemicamente distantes dele, autoindulgentes em nosso próprio engano.
A segunda é nos aproximarmos cada vez mais dele, para sermos cada dia mais santos. A visão de nossa própria sujeira nos empurra, não para o desespero, mas para a esperança de hoje podermos ser mais santos que ontem e amanhã mais puros que hoje.
A santidade é um projeto para a vida inteira, tal como a felicidade, o melhor presente que santidade traz.
 
 
 


Desejo-lhe um BOM DIA.
Israel Belo de Azevedo

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